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(pt) Italy, UCADI #182: Francamente, eu não me importo (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]

Date Wed, 20 Mar 2024 09:17:16 +0200


Cum Grano Salis ---- Para cada preocupação ou aborrecimento social ---- As pessoas parecem gostar. ---- Todos que se manifestam fazemos um belo coro ---- De opiniões até ---- O fato não está mais na moda. ---- (G. Gaber, Você pode, 2001) ---- A história de Ilaria Salis é uma verdadeira caixa de Pandora da era contemporânea e não apenas um corte transversal da fase que a Itália e a Hungria atravessam. ---- Então, Hungria. Tal como em muitos outros países do antigo Pacto de Varsóvia, cujas classes dominantes estavam ansiosas por sair do jugo soviético e aderir ao mercado livre, a ruptura com Moscovo ocorreu atiçando as chamas do nacionalismo. No caso da Hungria está certamente ancorado na história daquele país, noutros casos é claramente inventado. No entanto, esse fogo foi literalmente aceso pelas potências ocidentais que visavam a desintegração da URSS. O nacionalismo tornou-se então a bête noire da União Europeia (nas declinações "mainstream" do "populismo" e depois do "Rossobrunismo"[1]), coincidentemente precisamente nos países onde foi mobilizado com mãos inteiras contra, não apenas o opressão objetiva do socialismo "real", mas, acima de tudo, esfregar sal em todas as ideias de mudança social.
Pois bem, estes países (Polónia, Hungria, países bálticos, etc.), além de serem caracterizados por uma (também compreensível) idiossincrasia em relação ao seu vizinho russo (mas gostaria de saber se esta idiossincrasia foi um fenómeno colectivo ou, em vez disso, prerrogativa de algumas classes sociais), construíram uma memória em que o seu papel como colaboradores voluntários do fascismo foi (para dizer o mínimo) manchado. A ponto de beirar o negacionismo. Exemplos disso são o silêncio da Hungria no extermínio dos judeus e a sensacional remoção do "memorial Shoah" levada a cabo pela Polónia[2]porque era demasiado "politicamente orientado".
Este é o caldo de cultura do caso "Salis".
Mas há outro plano que emerge da história. Ou seja, a fase começou com o ataque da Rússia à Ucrânia.
Na verdade, após o início do conflito, a UE concordou sem qualquer hesitação com o fornecimento de armamento a Kiev.
Uma oferta que os EUA apoiaram, mas também delegaram à Europa. Esta escolha orientou a narrativa e a propaganda para o apoio indiscriminado à Ucrânia. Um verdadeiro Diktat, que actualmente se mostra mais radical do que nos EUA, com evidente dificuldade em continuar a ajuda, dada a situação política interna.
Neste contexto, ao contrário de outros países próximos da Rússia, a Hungria de Orbán decidiu não apoiar incondicionalmente Zelensky, por razões geopolíticas e também por proximidade ideológica com Putin. Curiosamente, a mesma proximidade política de Meloni, que no entanto, como Sovranista de noantri optou por cumprir perfeitamente as ordens ordoliberais da UE em troca de... em troca de... Fique na sela com todo esse bando de fascistas.
Assim, passado um ano, o caso Salis irrompe, como todos os casos mediáticos, inflacionado até às primeiras páginas dos noticiários e dos jornais. Com exageros que não fizeram nenhum bem ao caso em si, mas que trouxeram à tona as tensões muito duras na maioria. Forza Italia de um lado (vamos ver o que acontece... afinal são os herdeiros diretos da DC) FdI em silêncio como sempre (melhor nunca se expor) e a liga de Salvini lança o resto com seu próprio rosário de frases malucas.
Bom, ou melhor, ruim, dada a situação objetiva de Ilaria. Mas aí acontece o que era para acontecer, o fato se concretiza. Libertação da prisão? Não é esse fato. O objectivo era fazer com que a Hungria votasse sobre os créditos de guerra[3].
Orban foi fortemente contra, para não perder a simpatia da Rússia. Mas no dia 1 de Fevereiro terá de votar a favor da atribuição de 50 mil milhões (50 mil milhões! Lembrem-se disto quando mais tarde disserem que "não há dinheiro" para pensões, cuidados de saúde, etc.) porque está sob pressão mediática precisamente por causa da Caso Ilaria Salis.
Votado o crédito, o assunto já está desinflado, está a ser discutido no Parlamento, mas o tom estagnou, a notícia chega muito mais tarde que as outras. A garota quase pediu por isso.
Amanhã poderão celebrar pacificamente o "Dia de Honra" nazista[4].
É assim que funciona o mundo, é assim que funcionam os Estados, é assim que funcionam as relações geopolíticas.
Afinal, francamente, eles não se importam.

Andrea Bellucci

[1]Tal como foram utilizadas, estas definições não têm valor cognitivo. Visavam sobretudo demonizar e unir as mais diversas experiências, que, se tivessem algo em comum, era a forte crítica ao sistema financeiro da UE. Mas isto resultou numa total incompreensão (intencional ou não) dos fenómenos desintegradores, sinais claros de sofrimento, que foram então hegemonizados pela direita. Uma clara repetição de métodos já vistos no passado.
[2]O Memorial está hoje em Florença https://cultura.comune.fi.it/memoriale;
[3]https://www.ilpost.it/2024/02/01/consiglio-europeo-aiuti-ucraina/
[4]https://www.ilpost.it/2024/01/31/giorno-dellonore-ungheria/

https://www.ucadi.org/2024/02/17/francamente-me-ne-infischio/
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