A - I n f o s

a multi-lingual news service by, for, and about anarchists **
News in all languages
Last 30 posts (Homepage) Last two weeks' posts Our archives of old posts

The last 100 posts, according to language
Greek_ 中文 Chinese_ Castellano_ Catalan_ Deutsch_ Nederlands_ English_ Francais_ Italiano_ Polski_ Português_ Russkyi_ Suomi_ Svenska_ Türkurkish_ The.Supplement

The First Few Lines of The Last 10 posts in:
Castellano_ Deutsch_ Nederlands_ English_ Français_ Italiano_ Polski_ Português_ Russkyi_ Suomi_ Svenska_ Türkçe_
First few lines of all posts of last 24 hours

Links to indexes of first few lines of all posts of past 30 days | of 2002 | of 2003 | of 2004 | of 2005 | of 2006 | of 2007 | of 2008 | of 2009 | of 2010 | of 2011 | of 2012 | of 2013 | of 2014 | of 2015 | of 2016 | of 2017 | of 2018 | of 2019 | of 2020 | of 2021 | of 2022 | of 2023 | of 2024

Syndication Of A-Infos - including RDF - How to Syndicate A-Infos
Subscribe to the a-infos newsgroups

(pt) France, CNT-AIT: Anarchosyndicalisme #185 - FAÇA COM A ESCOLA PARA NOSSO PROJETO ANARQUISTA (ca, de, en, fr, it, tr)[traduccion automatica]

Date Thu, 4 Apr 2024 08:08:03 +0300


Durante o último ano letivo, no site da CNT-AIT e na edição 183 do Anarchosyndicalisme!, os camaradas condenaram severamente a Escola (entendida como a instituição estatal que afirma educar os jovens do jardim de infância ao ensino médio) considerando-a apenas como um local de formatação , doutrinação e reprodução social. Mesmo que partilhe do ideal de educação libertária numa sociedade sem escolas formulado em particular por Ivan Illichii, penso que a Escola de hoje (e em particular os trabalhadores que nela actuam) não merece uma acusação tão veemente...

1) Em primeiro lugar, a bem da verdade e sem desculpar ou ignorar as suas outras deficiências, devemos reconhecer que a Escola tornou-se "democratizada" uma vez que agora oferece educação para todos os jovens de cada faixa etária, de todas as origens (incluindo menores sem autorização de residência), de todas as categorias sociais e de todo o potencial educativo, até aos 13 anos (lei de 18/3/1882 conhecida como lei Jules Ferry), 14 anos (lei de 08/09/1936) ou 16 anos (a idade legal da escolaridade obrigatória hoje desde um despacho de 01/06/1959) mas na verdade até aos 18 anos, ou até mais desde Por um lado, tem a obrigação de formar cada jovem até atingir a maioridade e, por outro lado, o ensino superior está aberto a todos os diplomados do ensino secundário.

Como resultado, constatamos em particular que, a partir de agora, quase 80% dos membros de uma faixa etária obtêm o Bacharelado e que hoje metade dos jovens entre os 25 e os 34 anos possuem habilitações de ensino superior, coisas que, por um lado, , colocam-nos hoje muito longe da escola elitista do século XIX e de grande parte do século XX, que reservava o prosseguimento de estudos para além da escolaridade obrigatória, com algumas excepções, aos jovens das famílias mais abastadas, e, por outro por outro lado, deve fazer-nos admitir que a reprodução social já não se realiza dentro da Escola, mas essencialmente fora dela: escolha das famílias ricas de educar os seus filhos em escolas privadas elitistas de ensino básico e secundário, promovendo a interacção social e incutindo o desejo de alcançar e de "ter sucesso" na sociedade capitalista e de consumo (através da busca ávida por primeiros lugares, diplomas, poder, tendo e aparecendo através do acesso às chamadas profissões de prestígio); matrícula majoritária dos jovens mais ricos em classes preparatórias, escolas de negócios, escolas de engenharia e grandes escolas privadas de pós-bacharelado com mensalidades caras e discriminatórias; rede de ajuda mútua e cooptação dentro da oligarquia para "colocar" nela profissionalmente os seus filhos, no final do ensino superior.

2) Devemos também reconhecer que a grande maioria dos membros das equipas educativas das escolas públicas (pessoal técnico e administrativo, professores, pessoal de saúde e vigilância, etc.) não tem outros objectivos que não sejam ajudar a educação (transmissão de conhecimentos, know-how - incluindo o gosto pela aprendizagem e pela descoberta, o pensamento crítico e a liberdade de pensamento - e os valores humanistas), o desenvolvimento, a emancipação e o sucesso humano dos jovens na escola, agindo neste sentido com gentileza, empatia e dedicação em favor dos seus alunos, fora de qualquer elitismo, qualquer discriminação e qualquer desejo de doutrinação para uma causa ou outra.

Devemos pensar acima de tudo, como anarcossindicalistas, que todo esse pessoal não são nossos inimigos de classe, mas nossos iguais, trabalhadores como os outros, muitos dos quais partilham a maior parte dos nossos ideais (e não apenas em termos de pedagogia humanista, mesmo libertária, mas também na sua aspiração por uma sociedade igualitária, mutuamente solidária, pacificada, anti-autoritária, etc.), portanto potenciais camaradas de luta, a quem nunca reuniremos para o nosso projecto anarquista, insultando-os com argumentos injustos, infundados ou anacrónicos.

3) Quanto ao papel de doutrinação e formatação atribuído à Escola (Fazer dos jovens na escola os futuros cidadãos dóceis da nação francesa e da nossa democracia falaciosa, porque é indirecta, parlamentar e estatista, tal como os escravos consentidos de a oligarquia capitalista e a sociedade de consumo), também acredito que a nossa declaração anarquista tradicional deve ser matizada e atualizada. Por um lado, ao lermos as Instruções Oficiais que vieram substituir a Instrução Civil pela Educação Moral e Cívica (EMC), ensino esse a priori suposto ser o mais capaz de visar a doutrinação e a formatação política da juventude, só podemos admitir que as escolas de hoje estão longe de submeter os alunos a qualquer lavagem cerebral desumanizante, nacionalista, xenófoba e totalitária favorável ao liberalismo económico.

De facto, entre os valores comuns que a CEM quer transmitir aos jovens escolares, através de uma pedagogia activa e não sob a forma de um catecismo dogmático, o que encontramos? A dignidade, a liberdade, a igualdade, a solidariedade, a laicidade, o espírito de justiça, o respeito pela pessoa, a igualdade entre mulheres e homens, a tolerância e a ausência de qualquer forma de discriminação, o sentido moral, o pensamento crítico, a aptidão para um comportamento ponderado e o exercício de cidadania, de responsabilidade individual e colectiva, à qual se juntarão em breve a educação mediática e ecológica...

Por outro lado, mesmo que alguns de nós julguem que estas instruções oficiais ainda organizam uma formatação repreensível em benefício da democracia representativa e da 5ª República, todos deveriam reconhecer o fracasso e a inocuidade desta formatação.: cada vez mais franceses já não votam e detestar a classe política dominante; outros, a maioria dos eleitores, apoiam com os seus votos partidos descritos como extremistas e não republicanos pelos servidores (partidos autoproclamados "governamentais" ou "republicanos", meios de comunicação conformistas e intelectuais) da oligarquia; muitos manifestam-se pacificamente ou de outra forma para se oporem ao sistema político e económico; alguns pedem a realização do referendo de iniciativa cidadã (RIC)... e quanto a nós, a Escola não nos impediu de nos tornarmos anarquistas, nem mesmo contribuiu muito para que nos tornássemos um...

Frédéric B. (Lille)

https://cntaittoulouse.lautre.net/spip.php?article1381
_________________________________________
A - I n f o s Uma Agencia De Noticias
De, Por e Para Anarquistas
Send news reports to A-infos-pt mailing list
A-infos-pt@ainfos.ca
Subscribe/Unsubscribe https://ainfos.ca/mailman/listinfo/a-infos-pt
Archive http://ainfos.ca/pt
A-Infos Information Center