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(pt) Argentina, Rosario FA: Posição da FAR em relação aos últimos acontecimentos em Rosário (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]
Date
Mon, 1 Apr 2024 10:02:30 +0300
Entre o assassinato de trabalhadores pelos traficantes de drogas e o
esforço repressivo do Estado ---- "O que pensariam os líderes dos
cartéis de drogas sobre o campesinato organizado, sobre os sindicatos e
o movimento estudantil? Que ideias se formarão nas cabeças dos donos do
sistema quando os movimentos exigirem seus direitos, ou saírem às ruas
em busca de novas conquistas? Podem pensar o mesmo se forem traficantes
de drogas no estado de Guerrero, ou industriais na China, ou
proprietários das contas mais pesadas no casino financeiro de Wall
Street. Podem pensar o mesmo se aqueles que governam forem os padrões
dominantes em qualquer escala, tanto a nível do sistema mundial como a
nível local. Estas estão carregadas com as armas mais egoístas e
imprudentes que a humanidade já conheceu. Eles têm exércitos para as
guerras, as prisões, as mil formas de repressão exclusivas ou associadas
aos seus assassinos de plantão." - Federação Anarquista Uruguaia, 2014.
Chegamos a esta situação a partir do crescimento, durante mais de duas
décadas, de quadrilhas de traficantes que, com o tempo, passaram a ter
vínculos com organizações do Brasil e do México, ao mesmo tempo em que
conseguiram controlar o território periférico de uma região como o Gran
Rosário, com um muita circulação de capital e contrastes violentos. Zona
de trânsito para uma importante exportação de matérias-primas,
crescimento imobiliário recorde, gentrificação e elitização de algumas
áreas e bairros, sobrelotação e marginalização noutras, elevados níveis
de pobreza e precariedade, com elevadas taxas de desemprego e
informalidade, com abandono de serviços e a insuficiente contenção do
sector público, mal sustentado com dignidade pelos próprios trabalhadores.
Basta lembrar que a nossa cidade foi um dos primeiros epicentros dos
saques de 89, 2001 e 2012. Há um ano destacamos, desde as FAR, que se
houvesse fontes de trabalho ou "projetos de vida para jovens e famílias
dos bairros populares, essas empresas do narcotráfico não poderiam
aproveitar o desespero dos setores populares para realizar o seu
ataque...". Vale ainda esclarecer que a rede destas gangues chega à
cumplicidade de juízes, procuradores, políticos, empresários,
comerciantes, comissários e até chefes da polícia provincial estavam
associados. De certa forma, e como tem acontecido noutras partes do
mundo, o crescimento dos bandos narcocriminosos só pode ser explicado
pelo aprofundamento do neoliberalismo desencadeado após a última
ditadura militar. O aumento dos bairros pobres como produto do
extrativismo, a perda concreta de direitos universais alcançados como
educação e saúde pública de qualidade, flexibilidade e precariedade
laboral, juntamente com a promoção de valores como o individualismo e a
competição. Tudo isso deixou terreno fértil para o cenário atual. Onde o
Estado estava mais preocupado em controlar com políticas direcionadas, a
repressão e a segregação, do que em garantir um futuro para os setores
populares. Fracassando inclusive na sua missão, até chegar ao ponto em
que não conseguiu promover o acesso aos serviços, onde não havia mais
contenção para fornecer, e assim finalmente concedeu o controle
territorial a essas quadrilhas criminosas. Isto nada mais é do que a
classe política delegando e privatizando o controle de grande parte da
segurança, do "comércio" e de numerosos aspectos da vida social nos
bairros pobres. Restam apenas as organizações comunitárias, sociais e
sindicais, resistindo à marginalidade e à fragmentação, e diante do
avanço dessas gangues ficamos numa situação de grande assimetria de poder.
Outro elemento a destacar é o perigoso consenso entre a classe política
argentina - de todas as cores - sobre a necessidade de saturação das
forças repressivas na cidade. Somado a isso, os governos provinciais e
municipais acabam de delegar ao Executivo nacional (deixando o
tratamento do conflito nas mãos dos políticos de Buenos Aires). Em março
de 2023 marcamos Rosário como "laboratório de testes", como vemos hoje,
isso se acentua com a chegada do Exército, pelo menos em primeiro plano
como "pessoal operacional de logística de segurança". Vale ressaltar que
no momento em que escrevo esta posição, ela contrasta escandalosamente
os desfiles da chegada dos soldados a Rosário, enquanto a chuva das
últimas horas inunda os bairros populares da cidade, fruto da apatia do
Provincial. e Estados Municipais.
Nesse sentido, a "política de segurança" elaborada e implementada por
Bullrich, desde a época em que Macri era presidente, sugere diversas
questões que, longe de resolverem a questão subjacente, alertam-nos para
a sua gravidade. Naquele documento de março de 2023, alertamos também
que a "posição[...]de Bullrich faz parte de uma doutrina mais geral da
"guerra às drogas" criada pelos Estados Unidos no início da década de
1970, vinculando claramente as suas propostas à política
norte-americana. embaixada e a CIA. Esta guerra, que parecia distante da
Argentina, mais típica da Colômbia ou do México, é o produto importado
do momento e inclui um pacote completo que vai desde financiamento,
armas e até o desembarque de pessoal norte-americano." Não podemos
dissociar isto do recente anúncio de cedência de parte do controlo das
vias navegáveis do rio Paraná aos Estados Unidos (onde está previsto o
regresso de Trump). O interesse no controlo total das corporações
transnacionais e do imperialismo sobre a região torna-se mais do que
evidente.
Neste ponto, devemos fazer uma breve pausa para analisar como esta
doutrina de segurança do imperialismo se desenvolveu na América Latina.
O que está acontecendo na Argentina, especificamente em Rosário, faz
parte da "construção da ideia de novas ameaças", ensinada pelos órgãos
governamentais dos Estados Unidos - entre eles o Comando Sul das suas
Forças Armadas. Terminada a Guerra Fria, esta doutrina associou a "luta
ao tráfico de drogas" e o "combate ao terrorismo" ao avançar o
destacamento militar norte-americano como parte de um processo regional
de presença do imperialismo. Destacamos isto porque, para além das
consequências geopolíticas desastrosas, em todos estes anos, tanto a
interferência do exército norte-americano como a intervenção dos
exércitos locais de cada país, em questões internas como o tráfico de
drogas, tiveram consequências calamitosas para a população popular.
setores. . Em todos os casos, longe de serem resolvidos, o contexto de
violência social aprofundou-se. As forças militares até participaram do
negócio. E aqui nem nos alargamos ao agravamento das violações dos
Direitos Humanos, verificado em cada intervenção. Tais resultados
negativos mostram as experiências do México, da Colômbia, do Brasil ou
da América Central.
Neste ponto, temos que destacar como agravante as tentativas de Milei e
Bullrich de vincular constantemente o controle das ruas ao tráfico de
drogas e ao direcionamento do protesto social como se fizessem parte da
mesma coisa. É neste quadro que o governo promove a militarização,
reavivando a aplicação da Lei Antiterrorista (em vigor desde 2014) e da
doutrina Chocobar. Coloca-se a questão de como reagirão as forças
repressivas instaladas na cidade às constantes mobilizações locais, num
contexto de crise social e económica, numa das cidades do país com maior
população abaixo da linha da pobreza.
Não podemos deixar de observar que o que se apresenta como combate entre
o Estado e as quadrilhas de traficantes é uma relação muito mais
complexa. Embora haja uma disputa pelo monopólio da violência, eles são
concorrentes em outros objetivos. Neste sentido, as ruas da cidade
parecem hoje desertas, as mobilizações e os protestos foram cancelados,
as pessoas ficaram paralisadas pelo medo. Isto favorece tanto o governo
que se ajusta como os traficantes porque também paralisou parcialmente,
como já dissemos, a produção. Da mesma forma, a relação se torna ainda
mais complexa quando o negócio das drogas utiliza o interesse de
políticos e empresários para participarem dele.
Existem soluções de curto prazo?
Ao pensar numa saída deste contexto, temos que afirmar que não existem
soluções a curto prazo e que não é uma situação exclusiva de Rosário.
Como vimos acima, o aumento da repressão é prejudicial às condições de
vida da população, já castigada pelo contexto nacional. Neste sentido, o
"retorno à normalidade" não é mais uma opção para quem está na base, nem
mesmo se o propusessemos.
A situação pode piorar? É mais do que provável, pois tem todos os
ingredientes para que isso aconteça. Por um lado, foi possível tomar
conhecimento de uma proposta de trégua entre as diferentes facções do
tráfico (os clãs Alvarado e Los Monos como atores principais). Além
disso, já notamos uma grave mudança de limites nos últimos assassinatos:
bebês e crianças pertencentes às famílias envolvidas foram baleados
deliberadamente, depois a vítima foi escolhida aleatoriamente na via
pública. Por fim, os trabalhadores dos sectores ligados aos transportes
- táxis, autocarros, estações de serviço - foram atacados. Esta última
acção tenta alterar a normalidade da vida na cidade, uma vez que
inevitavelmente o assassinato de um trabalhador implicará a cessação das
actividades no sector em questão. A isto devemos acrescentar a absurda
exposição mediática dos governos Provincial e Nacional, baseada em
imagens espectaculares (armas, polícias com a cara coberta, prisioneiros
subjugados) e declarações provocativas de funcionários em tom de
bravata, como partes de uma imitação defeituosa do modelo repressivo de
Bukele.
É por isso que os setores populares organizados não podem perder o eixo
da nossa estratégia de construção, nem permanecer meros espectadores da
situação. Por um lado, devemos pensar em continuar com a agenda de cada
sector, no que diz respeito ao enfrentamento das políticas de fome e
ajustamento do Governo Nacional e Provincial. Um dos objectivos destes
Governos é mover o ponteiro para implementar o ajustamento sem
resistência. Por outro lado, num contexto local de violência das drogas
contra os trabalhadores, é urgente exigir a redução da jornada de
trabalho, incluindo a eliminação do horário noturno, visto que a maioria
dos homicídios ocorreu à noite. Para isso, é necessário estimular um
estado de assembleia nos locais de trabalho, rompendo com a normalidade
que as câmaras patronais e o Estado querem estabelecer. A produtividade
deve ser interrompida dependendo da nossa própria vida. A continuidade
das greves e mobilizações serão os verdadeiros instrumentos para
concretizar as demandas do contexto, particular de cada setor e geral. A
nossa tarefa militante deve também contribuir para fortalecer a criação
de grupos multissetoriais e intersindicais, pois são ferramentas
eficazes na organização de medidas de grande escala, dando bons
resultados mesmo quando geram impacto. Já o vivemos com a Greve de 24 de
Janeiro (com 3 blocos importantes) ou com as recentes mobilizações de
professores e trabalhadores do Estado contra o Governo Provincial.
Durante os últimos anos, a nossa organização tem alertado para os graves
danos que este sistema capitalista tem gerado, empobrecendo e destruindo
a vida e o ecossistema. Também temos escrito bastante sobre o
esgotamento e os limites do sistema democrático-representativo, onde se
demonstrou que a retórica de defesa dos direitos pode coexistir com
práticas institucionais reacionárias, ultraliberais e fascistas. Hoje,
acreditamos na proposição hoje, do FAR apontamos a nossa análise e
estratégia contra este mesmo sistema que alimenta o crescimento da
violência social com mais fragmentação e individualismo. A falta de
perspectiva de uma vida digna para os setores populares (principal
insumo dos traficantes de Rosário) não tem solução se não pretendemos
mudar tudo. Às vésperas de um novo 24 de Março, a necessidade de avançar
para uma Revolução Social (aquela pela qual lutaram os 30.000 camaradas
desaparecidos) é mais atual do que nunca.
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