A-Infos (pt) V° Congresso Geral da FAG conclui sua segunda rodada

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Estiveram reunidos nos dias 26 e 27 de junho em Porto Alegre o conjunto
dos militantes plenos, novos ingressos e convidados para máxima instância
orgânica. O V° Congresso Geral foi convocado para discutir e resolver
sobre estratégia, particularmente o que convencionamos chamar de
“estratégia de tempo restrito” que se refere ao planejamento da prática
política para prazos mais curtos (4 anos).
Aberta a sessão, antes de qualquer coisa foi aprovada a ata da primeira
rodada, centrada no reforço e ajuste de categorias e conceitos que
precedem a formulação estratégica.
O congresso logo passou aos destaques desta conjuntura histórica,
especialmente do cenário latino-americano e do Brasil, para analisar as
condições e possibilidades da realidade onde vai operar nossa estratégia.
A ação direta vitoriosa dos movimentos sociais sobre medidas privatizantes
e governos neoliberais, o fracasso das políticas eleitorais do
ex-reformismo que se eleva ao status de elite dirigente foram temas
considerados, entre outros do continente, como a pressão imperialista pela
ALCA e suas bases militares. O caráter do governo Lula, a agenda dos
poderes econômicos e financeiros e do FMI na política brasileira, as
reformas contra as conquistas da classe trabalhadora, as infiltrações do
sistema no conceito de esquerda também tomaram lugar no debate. O cenário
gaúcho igualmente não foi ignorado.
O sábado e o domingo, na maior parte foram reservados para definições
sobre o “espaço solidário”, conceito estratégico intermediário para
realização de uma frente de classes oprimidas, sujeito decisivo da mudança
social que projetamos. Deste tema marcamos tarefas para cumprir com
necessária coerência como: o fortalecimento dos movimentos e organizações
de classe que participamos; a política de alianças com orgs. políticas e
movimentos sociais para fomentar a unidade classista que buscamos; as
condições prévias à escolha de uma forma orgânica e identitária para
descansar o espaço solidário em um polo operário e popular com vocação
combativa e independente dos governos e patrões.
Ainda teve lugar o debate estratégico das frentes de luta com nossa
inserção militante, o fomento das suas organizações de base, articulações
em maior escala, aportes a formação política e técnica dos companheiros/as
de movimento popular, as estruturas de retaguarda para o nível de vida
coletiva e solidária que queremos gerar em cada frente.
No encerramento, o congresso reuniu então as contribuições e propostas
apresentadas pela militância para aprovação do documento final, com poucas
divergências, que acabaram encontrando pontos de consenso. Boa música
popular combativa foi brindada antes do término.
Por secretário de Relações
Porto Alegre, 29 de junho de 2004






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